sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sonetos

Soneto a meu Anjo

Anja linda, de olhos místicos e brilhantes
Sua beleza me fascina e ilumina a alma
Ao teu lado, entorpeço-me e perco a calma
Sempre a te contemplar, a cada instante.

Anja linda, sabes o quanto és amada?
Teu corpo domina meus pensamentos
Seus lábios são o meu maior tormento
És, por certo, das mulheres, a mais desejada.

Ah, Anja!!! Sabes o quanto és linda?
E como me alegra a alma a tua vinda
Iluminando minh’alma e coração.

Anja linda... divinas és... tua alma... tua boca.
Benditos os homens que sua alma toca,
Abençoada a boca, que a tua boca beija.

*

Soneto a Ele

Senhor Deus, Todo Poderoso... és o único que sabes amar.
Pois um dia deixastes teu unigênito padecer;
Para que, num futuro, a humanidade viesse a conhecer,
Seu Amor que ultrapassa os limites e além mar.

Pai, Senhor Deus... queria poder agradar,
E quem sabe um dia vir a agradecer,
Por fazer esse ser indigno que sou, nascer...
E, até hoje, mesmo pecando, minha alma guardar.

Onipotente Senhor..., amo-te, e espero esse amor cultivar;
Para que, ao Teu lado no paraíso, possa viver...
E para sempre, do seu Amor eterno provar

Pai Santíssimo, onde vou sei que o Senhor vai estar;
Mesmo vivendo no inferno carnal, ao seu lado vou sobreviver,
E sei, que o Senhor não me abandonará e, virá me resgatar

*

Soneto ao Amor

Sentimento esquecido,
Por mim jamais vivido.
Tudo que fiz, foi ser iludido,
E tive meus sonhos perdidos...

Amei como jamais fui amado,
Me prendi a um lindo passado;
Me mantive sempre apaixonado,
Hoje, sinto-me abandonado...

Sofri por você ter partido,
Sonhando como seria se não tivesses partido,
Sem saber que há muito, havia sido esquecido...

Agora vejo que nunca esteves ao meu lado,
Nunca, de mim, havias gostado;
Entao, por quê sinto-me enganado?

*

Transições

De repente, meu mundo mudou...
Meu coração parou,
Minha alma congelou,
E meu amor... acabou...

Não, acabar não acabou,
Mas com certeza se decepcionou;
E o pranto rolou,
E só o rancor sobrou...

E assim, viverei;
Não mais amarei...,
Só assim, não sofrerei.

E assim..., sobreviverei;
E meu mundo mudarei,
E sem amor, morrerei...

*

Meu Fim

Alma vazia,
Coração gelado;
Não mais sorria,
E o amor, acabado...

Iludido vivia,
Por meu coração fui enganado;
E agora a vida ria,
Deste tolo fracassado...

Ri, vida desgraçada...
Ri, deste ser miserável,
Que só fez sonhar com a amada...

Que fim terrível levou...
Esta tola alma apaixonada,
Que só se decepcionou...

*

Soneto

De tudo que já he desejado
Nada se compara esta imensa
Vontade de ama-la de forma intensa
Como jamais eu havia amado

Se acaso perguntam-me se estou apaixonado
Digo que não é tão simples quanto pensa
Amo-a sem esperar recompensa
Amo-a desejando ser também seu amado.

E se acaso duvidas de meu sentimento
Provo-te ele a qualquer momento
Basta me dar uma oportunidade

Pois que se juntares todas as estrelas do firmamento
E conta-las – sem ressentimento,
Saberás que a amo mais que há uma eternidade.

*

Soneto II

Pode os olhos de Deus enxergar o mundo
E penetrar a carne e ver dentro do coração.
Ele, e só, sabe de minha paixão
E como ela se multiplica a cada segundo

Pode o Senhor saber de a fundo
E só Ele sabe o que me acontece então
Ele, sei disso, ama-me e não
Deixará que desista de sentimento tão profundo.

E como Ele me conhece intimamente
Sabe do Amor que tomou conta de minha mente
E apóia tal paixão, com clamor.

Sei que Ele abençoará, eternamente
Uma união tão linda, divinamente.
E jamais fará eu me separar de meu verdadeiro Amor!


Gabriel Martins

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Oração por meu Primogênito

Por Cido - Meu pai...
Escrito para mim, a noite de meu nascimento...

Orion... Nobre Orion!!!
Nesta noite, nasceu meu filho
E tu és, por infinita graça,
Glória, ou simplesmente desejo deste servo
Que roga ao Criador Supremo
A vossa assistência espiritual
Para esta semente de meu ser.
Filho... Meu filho!!!
Nesta noite, em que as estrelas brilham,
E brilham tanto mas, aquela brilha mais.
Oh! Que Deus lhe dê mais brilho, nobre Orion!
E obrigado, pela resposta ao meu pedido.
Meu filho!!! Eis teu nome:
Gabriel Martins de Souza
Honre-o...
Gabriel – Anunciador à Virgem,
Arcanjo dos três primeiros do Pai;
Sejais sempre meu filho,
Obediente e amoroso.
Filho... meu filho!!!
Do mais profundo do meu ser,
Eu te amo.
Meu primogênito – minha herdade.
Ouça sempre seus pais,
Honre o nome que teu pai lhe deu;
Perpetue vossa casa, na eternidade dos tempos.
Seja sensitivo nos ensinamentos,
Deste que teu pai invoca
Para ser guardião de vossos dias.
Oh! Nobre Orion!!!...
Vigiai para que eu próprio, porém
Não descuide jamais deste meu intento
E também honre este sacramento.
Filho... meu filho!!!
Quando fores homem feito,
Seja esta oração, selo de um juramento
Entre ti, teu pai, Orion e Deus;
Seja tua reflexão e nosso compromisso.
Obrigado meu Deus!!!...

M'Penda Assis, 15/01/86 (23:30hs)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tempo para Amar

Acredito que haja tempo para tudo..
Disso eu tenho certeza...
Ha tempo para nascer...
Tempo para aprender a viver...
Tempo para crescer...
Tempo para aprender a Amar..
Mas nao existe tempo para se Amar...
A gente simplesmente Ama...
Pode ser por um olhar de um minuto...
Um beijo de várias horas...
Uma transa de uma noite...
Ate um amigo de anos...
A gente aprende a amar...
E nao ha nenhuma regra que diga quando voce pode amar...
Vc simplesmente ama...
É isso que eu acredito..
E que... infelizmente...
Ou felizmente...
O Amor...
Quando é de verdade...
Nem sempre é um jardim florido num dia de sol de primavera...
Mas às vezes...
Também é uma fria noite de inverno...
Onde a falta do corpo da pessoa amada...
Arde nao só na pele...
Mas também no coração...

Gabriel Martins

{{Durante um papo pelo MSN com uma amiga que descobriu o Amor de uma forma repentina... e está vivendo um dos melhores momentos de sua vida... Querida Aischan... este é para voce...}}

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A Besta

Na masmorra fédida, escura e fria
Iluminada pela tenue luz do luar
Acorrentada... e seu sangue escorria

A Besta... está com seu pranto a derramar...
Verte lágrimas de tristeza e rancor...
E a Lua... sua a amante... a lhe observar...

Chora a besta, pelo seu impossivel amor...
Em suas garras, o simbolo de seu intimo sentimento...
Entre copiosas lágrimas, olha a delicada flor...

Uma rosa rara... destas que so se encontra no firmamento...
Onde ela vê refletiva a face do bem amado...
Tão bela quanto em seus ultimos momentos...

A Fera... sequiosa de jamais esquecer o passado...
Vê na Lua o conforto para sua torturada alma...
E ela... vê do alto... um coração rejeitado...

E a Lua a Fera conforta e lhe dá calma...
Ouve o rogo de piedade da temivel fera...
Reza com ela por um conforto a sofrida alma...

Doce Lua... que um amor assim já tivera...
Compadecesse com a afliação da terrivel Besta...
Relembrando da historia de amor que ja vivera...

A Fera... a bailar com sua Bela... no grande salao de festas...
Com mil velas e lhes iluminar o romance...
Ao fundo... o som melodioso da imensa orquestra...

A Bela... rodopia e volta ao seu alcance...
Sorrindo como seu o mundo nao existisse...
E a Fera... observa e deixa que a Bela dance...

Na Rosa... a lembrança da voz que disse:
- Com voce... ficarei eternamente...
O eco em sua mente... soa como se o invadisse...

Eternamente... Eternamente... Eternamente... Mente!!!!
Bem como chegaste... partistes sem dizer adeus...
Deixando na Fera o tormento em seu coração e mente...

Olha pro seu... Roga por Deus...
Olha pra Lua... refletindo o sonhos perdidos...
Olha pra Rosa... pétala a pétala do sonho que ja foi seu...

Nas grades... marcadas de seu coração partido...
Nas paredes... sombras de uma Fera derrotada...
Nos chãos... gotas de sangue de uma amor ferido...

Chora a besta apaixonada...
Pela dama em seu coração...
Caem as pétalas, cada a cada...

É a dor da paixão...

Gabriel Martins

sábado, 24 de janeiro de 2009

Amar voce...

Amar voce...
é amar o sol...
e o seu calor...
seu brilho...
sua magnitude...

Amar voce...
é amar a lua...
sua magia...
seu mistério...
sua radiação...

Amar voce...
é amar o oceano...
sua beleza..
sua calmaria...
sua tempestade...

Amar voce...
é amar o céu...
sua infinitude...
seu esplendor...
sua vastidão...

Amar voce...
é amar a terra...
sua riqueza...
sua fertilidade...
sua vida...

Amar voce...
é amar a rosa...
sua forma...
seu perfume...
sua sensualidade...

Amar voce...
é simplesmente...
amar...

É despertar o melhor de mim...
e espantar todo o mal...

É o encontro de Eros...
Com Philos...
E Ágape...

É como amar o todo...
e esquecer o nada...

Amar voce...
é tudo!!

Gabriel Martins

Brincando com as palavras...

Gostaria de agraciá-los com uma grande e gentil galeria de genuinos gestos de minha persona,
Antes, porem, agradeço a vós, amigos, que ante a ascensão de tal apresentação, anima-se em aguardar,
Bondosamente e de boa alma, buscando brilhantemente entre becos e blocos, um "bocadinho" de mim,
Rindo e se retorcendo de raiva, pois rente a rimas tão ridiculas, não resisti se ri ou nao ri e,
Indo contra seu impeto de se irar com tao insignificante imagem, deste idiota que os faz ilhas,
E estando em estado de estante e mais, esgotados por estas escritas tao excentricas,
Lêem e libertam suas loucas ideias, levando o lapis as linhas do livro e levam-se pela loucura das loucuras.

Gabriel Martins

Uma brincadeira sem sentido que resolvi fazer depois de assistir a apresentação do V, a jovem Evey, após salvá-la de um grupo de oficiais do governo.
Leia o trecho do filme:

"- Quem é voce?
- Quem? Quem é so a forma que deve ter um porque... E o que eu sou é um homem de máscara...
- Isso eu já notei...
- É claro que já! Não questionei seus poderes de observação... Apenas enfatizei o paradoxo de perguntar a um mascarado, quem ele é.
- Ah... ta!
- Mas... nesta noite auspiciosa, permita-me que em lugar de uma alcunha corriqueira eu sugira o caráter desta persona dramática... Voilà! A sua vista um humilde veterano Vaudevillian trajado com vestes de vítima e vilão, pelas vicissitudes do destino. Este semblante não é verniz de vaidade, é um vestígio de vox populi, agora vazia e esvaecida! Porém, nesta valorosa visitação de uma vexação passada se encontra vivificada e fez um voto de vencer os vermes, veraz e violentos que se valem do vício e valorizam e violação violenta depravada e voraz da vontade!!!
O único veredicto é a vingança. A Vendetta tida como votiva e não por vaidade pois o valor e a veracidade de tal deve um dia vindicar o vigilante e o virtuoso.
Hahahaha... verdade como esta vivida verborragia já se pos mais verboso. Permita que eu acrescente que é uma honra pra mim conhece-la e a senhorita pode me chamar de V.
- Você é algum insano?
- Tenho certeza que dirão isso... Mas com quem tenho o prazer de falar?
- Me chamo Evey.
- Evey? E-vey... só podia ser...
- O que quer dizer?
- Quero dizer que eu, assim como Deus, não jogo dados e não acredito em coincidências... Está ferida?
- Não... estou bem... Graças a você!
- Ah... eu só fiz a minha parte... Mas diga-me, você gosta de música?"
...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ao Poeta

para Gabriel Martins

Fórmulas, criptas separadas por véus,
a andança mata aos poucos,
mortalhas cheiram a sangue, visco, dinheiro...
As oportunidades se alheiam,
tornam-se súmulas, discursos ocos,
o aparato da instituição,
a separação fria, o cantil dos bestiais loucos,
a dança fria e vazia do capital cego, escroto,
a ânsia saudosa entre amigos, vida, sorriso;
e poesia.
Pouco visto, perambula o poeta,
solto,
indeciso, perambula o poeta,
(morto),
sem sorriso, perambula o poeta,
pouco
a pouco,
perambula o poeta, envolto
em tristezas não passageiras,
em visões futurísticas incertas,
em perspectivas do pouco,
em minguar corações e festas,
e partir-se-lhe amor aos poucos,
ao poeta,
pouco a pouco,
dama incerta se apresenta,
de mentiras o infesta,
e ele sorri,
perambula, sorri, sorri, perambula, o poeta,
corre atalhos antropológicos,
é poesia solta,
é desconexo,
é incerto,
é complexo,
e louco, recomposto, disposto,
camufla-se em humano, o não-déspota,
e a poetizar poesia em troco,
vive-se pouco a pouco, a ser poeta...

Luiz Santiago


{Presente de aniversário de 22 anos do Mestre Poeta e Amigo Luiz Santiago}

Tolos

Tolos homens que nao sabem amar...
Tolas as mulheres que amam demais.
Tolos aqueles que sabem amar demais...
Não, não...

Tolos aqueles que amam amar, mesmo que seja para não serem amados...
Que não saboreiam o doce sabor dos devaneios
E que por anseios da cabeça e do coração...
E em um impulso perdido deixam escapar... assim... sem querer o “eu te amo”

Tolos aqueles que acreditam no amor
Tolas almas que ainda creem neste sentimento
Este sentimento tao lindo e puro
Forte e excitante
Animal e devastador...

Tolos os que sonham...
Os que amam...
E sobretudo...os que escrevem...amantes da alma....

Tolos poetas que acham que compreendem o amor
Eu e voce...
Nao passamos de Tolos tambem...
Somos dois tolos que sabem o que é o amor...
Que acreditam nele
Mesmo sabendo que no final...
So vamos sofrer...
Porque isso?

“Amar e padecer no paraiso...”

Concordo com Renato Russo naquela musica...
“Qm inventou o amor... explica por favor...”

Adriana Barbeiro e Gabriel Martins


{Escrito com uma amiga muito especial... em uma conversa no MSN... Lakita... Obrigado por tudo... Te Adoro!!!}

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obrigado...

Obrigado...
Pelos sorrisos...
Pelos dias felizes...
Pelas risadas...
Pelas lagrimas roladas...

Obrigado...
Por cada conselho...
Por cada palavra...
Por todas broncas...
Por todos os momentos...

Obrigado...
A cada abraços apertado...
A cada carinho dado...
A todos os olhares cruzados...
A todos os beijos trocados...

Obrigado...
Por seu amor...
Por seu carinho...
Pela sua paixão...
Pela sua amizade...

E Obrigado...
Por cada dia de felicidade...
Pelos sonhos para toda eternidade...
Por me ensinar a amar...
E pela lembrança que sempre existirá...

(Gabriel Martins)

{À uma mulher que não só é uma grande amiga... mas é aquela que me ensinou a Amar... Como diria o Poeta... "Que nao seja imortal... Posto que é chama... Mas que seja infinito, enquanto dure"...}

Bailemos

Bailemos ao ritmo da melodia...
Um brinde,
À uma mulher extraordinária...
Bela, forte, determinada...
À ela...
Anjo de Luz, abençoada...
Bailemos...
A música dos vitoriosos...
Ao som de harpas e flautas...
Pulemos...
Por rios e florestas...
Cantando... dançando... festejando...
Bailemos...
Brindemos...
À mais uma Primavera de Hera...
Brindemos...
Com Paco a conduzir a festa...
Bailemos...
E as ninfas dançam nuas a beira mar...
Bailemos...
Comemorando outra abençoada aurora...
Brindemos...
À mãe amiga... amiga mãe...
Só à amiga... ou só a mãe...
Bailemos...
A valsa da vida agraciada...
Oremos...
Em nome daquela que nos ilumina...
Brindemos...
À tú...
Amiga... mãe... companheira...
À tú...
Força... razão... caminho...
Brindemos...
E bailemos...
No Olimpo as músicas estão a tocar...
Os Deuses a festejar...
As Musas a cantar...
E a ti homenagear...
Bailemos...
Brindemos...
À tua caminhada...
Mais um dia de jornada...
E às milhares de léguas a serem caminhadas...
À tú...

Gabriel Martins

{Para uma Amiga muito Especial... Obrigado Rê!}

Sonetos 12 Signos do Zodíaco


Soneto De Aries


O frio lhe toma a boca, ele desnudo,
e o corpo se lhe esfria, a morte chega,
os olhos rasos, claros, belo escudo,
imploram algum socorro e a quem deseja.

Os gritos se elevam e se propagam,
qual eco de um deus lá pelos campos,
e então, milagres sacros lhe afagam,
socorro ele recebe de alguns anjos.

O campo se enverdece e o sol raia,
e bale o carneiro, e salta o pasto,
e solto, o pastor corre e desmaia...

No tronco do arvoredo, ali no canto,
eu vi escritas estas linhas-frases,
que resolvi cantar em meu mau canto.

(Luiz Santiago)

*

Soneto de Taurus

Soberbo, ele sozinho, enciumado,
os olhos, marejados de sonhar
sentindo a sensação de ser amado,
o coração batendo de amar,

sorri para o retrato, a tela em óleo,
a sua parte ali, refigurada,
mas ele, envolto em si, a si retrata,
instríseco de si, seu corpo imóvel.

É quando, vê ao longe 'm alma clara,
sorrindo-lhe deveras, e efusiva,
correr pra longe, lhe tirando a calma.

Num mero disparate, em seu torpor,
seu corpo dilacera em névoa fria,
e vai-se ao nunca atrás de seu amor.

(Luiz Santiago)


*

Soneto de Gêmeos


Quero a fantasia do amor imaginado
Aquele amor sonhado, intenso, selvagem.
Quero ser o amante... o amigo apaixonado
Me perder em um coração, numa eterna viagem.

Não penso em amor... nada sei de amar
Quero crescer... ser alguem... tudo saber...
Amar é para fracos... pra que amar, se apaixonar?
O que desejo mesmo é ao mundo conhecer

Um eu quer viver intensamente, apaixonado
Quer amar, ser amado, quer sonhar...
Outro de mim almeja o real, não ao imaginado

Quer ser, se ascender, quer aprender, quer se tornar.
Quem me tornar? Como equilibrar? O que fazer?
Nada pra fazer, nada pra sonhar, tenho que aprender, devo me virar.

(Gabriel Martins)

*
Soneto de Câncer

Sozinho, triste, em busca do amor
Anda na praia o caranguejo de lado
Sente na vida um grande pavor
O de nunca se ver apaixonado.

Ama com a alma, nobre rapaz
És carinhoso, ama-la e é amado
Pra tudo mostra-te capaz,
E quase nunca saístes fracassado.

Sois tão carente, queres sempre carinho
Tens o romantismo a guiar-te em ação.
Jamais gosta de estar sozinho.

Queima em teu peito uma eterna paixão.
Sonhas com o mundo do sublime amor.
E sempre carregas amor no coração.

(Gabriel Martins)

*

Soneto de Leão

Caminha soberbo pela savana a fora
O rei estufa o peito e a juba exibe triunfante
Sois o dominador, a tua palavra é a hora
És, de todos, o supremo gigante.

Com o coração de um menino
Tens uma bondade fora do comum.
És belo, forte, criativo, oh leonino.
Do palco da vida queres ser o Um.

Tal como o sol, a nos animar com tua luz e calor,
Utiliza-te dela com sabedoria, amor e bondade...
Trazes consigo as marcas do Divino Criador.

Símbolo de Honra, Força e Lealdade
Guerreiro Leão, tua batalha sempre travada
Em busca da Eterna Liberdade.

(Gabriel Martins)

*

Soneto de Virgem


Eu sou a Mãe... sou o Filho
Sou o Céu... Sou o Mar...
Sou a plantação de milho
Sou Aquele que ensina a Amar

Te seduzo com minha Justiça
Te inebrio com minha Determinação
Minha beleza te atiça
Tomo conta do teu coração.

Para mim, a perfeição é a meta final
O Universo que se desenvolva velozmente
Quanquer erro, pode ser fatal.

Amo de forma verdadeira e imensa
Sinto uma necessitade de ser e estar
E se digo "Te Amo!" é de maneira intensa.

(Gabriel Martins)

*

Soneto de Libra


Supremo Juiz da corte celeste
Tua balança te mostra o certo
Nao te inclanas, nem leste, oeste
Trazes Vênus sempre por perto.

És o charme e a inteligência
O artista, o ator
Jamais ages com negligência
Se conduz sempre pelo Amor.

Canta a melodia da vida
Chora pelo destino indigno
Grita pelas dores da partida

Sentência, óh Juiz dos Juizes.
Sois o Supremo Tribunal dos fracos,
Sois a origem de todas as raizes.

(Gabriel Martins)

*

Soneto de Escorpião


O guerreiro da lâmina cortante
Empreende sobre a batalha desejada
Sai Glorioso, Triunfante
Mais uma batalha conquistada.

Teu coração é o mais puro.
Tua força não se compara jamais.
Teus instintos de ouro
Fazem-no desejar sempre mais.

Ama de forma sublime e intensa
Entrega-se sem pudor algum,
E ama com uma paixao imensa.

É o sensitivo, o mediúnico
Tua alma fala muito além
E teu espírito, reencarna o Único.

(Gabriel Martins)


*

Soneto de Sagitário


Galopa na campina, senhor da liberdade
Queda-te ao anoitecer
Busca nas estrelas a verdade
Busca o eterno saber.

Tua Fé se mostra inabalável
Tua religião é Deus e nada mais.
Crês numa força inalcançável.
Acredita no amor e na paz.

Ama e se entrega por completo
Cada casco galopa apenas por seu Um.
Contudo, não queira o preso ao teto.

Filosofo, cavalga com calma
Vai a todo canto e a canto algum
E traz toda a sabedoria em tua alma.

(Gabriel Martins)


*

Soneto de Capricórnio


Teu suor faz jus a tua riqueza
Os calos em tua mao nao te incomodam
Tua determinação é tua destreza
O caráter teu rigor o moldam.

Nada é bom e tudo esta errado
Tua máscara é o autoritarismo.
Mas cai quando apaixonado,
Revelas um grande romantismo.

Queres o mundo? Vá buscar.
Faça como quiser, não vais conseguir.
Tens os pés no chão, não quer sonhar.

Abra a porta, se não, uma janela
Olha o mundo... permita-te sonhar...
Como alcançará o amor d'Aquela?

(Gabriel Martins)


*

Soneto de Aquário


Brinca de cientista a criança "arteira"
Faz teus brinquedos e põe-se a imaginar
Sonha uma realidade nova e inteira
Sem se deixar pertubar

Sois inocentes, nao conheces o mundo
A dor, a miséria e a discordia humana
Não te abalas por este lugar imundo
Fecha teus olhos e "nana".

Sonha criança com o que a de melhor
A vida não é justa nem assim será.
Deixa tua alma nas mãos do Amor.

Só ele irá te salvar.
E quando teus olhos novamente abrir,
Poderás, por teu sonho, Lutar.

(Gabriel Martins)

*
Soneto de Peixes

Sonha... o anjo em tua nuvem de algodao
Teu mundo seria perfeito
Em teus sonhos, amor, fogo, paixão
O bem amado em teu leito.

Desperta... teu mundo nao é aquela ilusão
Chora... tuas lagrimas lavam o alma
Sentes as dores dos seus em teu coração
Sente... respira... te acalma.

Tua alma pura não pode salvar.
Sinta... chore... grite...
Deixa teu peito rasgar...

Não permita-se sentir o pavor...
Não estraga teu coração...
Volta a sonhar... sinta o Amor.

(Gabriel Martins)


*

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Reciprocidade

Reciprocidade

Para que seja teu,
eu preciso do universo,
teu mais oculto eu,
teu tudo, teu mundo,
e o resto.

Para que sejas minha
Precisas dos olhos da alma
Leia em meu olhos
Busca minha alma
Sinta.


Durante sete céus,
oito luas,
um banco de réus,
encontros,
troféus de toques em pontos,
por todo o sempre
em toda bruma,
prendas oriundas
do mais infindo mel...

Sete céus, todos teus
Oito luas minhas.
Do banco do jurados vês,
O que minha alma escondia.
Tristezas floresciam...
Pavores, temores...
Antes, e agora...
Todo instante
Cada instante,
Vês?


Cada dia você me traz,
algo que mais te apraz,
e eu te digo, tenaz,
o que quero, assaz.

Cada noite é um fim
Fim de ti, fim de mim.
Agora temos em fim
Amores de marfim.

Coisas simples.

Ou complicadas

Mas no fim,
findo o tempo de esperar,
eu quero algo pra mim,
tão somente.

Um recomeço eu desejo
Sem mais a angustia de outrora,
Fim de uma solidão,
Começo de um recomeço.

No fim, eu quero tempestades,
Fortes rajadas de um furacão.
atrocidades de beijos-tufão,
Fogo ardente de um antigo almejo,
noites infindas de desejo,
luz,
Onde havia trevas
clarão...

Fim da escuridao
no fim,
No fim...
bem...
no fim,
eu quero teu coração!

Luiz Santiago e Gabriel Martins

{O Mestre... O Amigo... Obrigado por este poema...}

Sete Pecados

Vaidade

Corre Narciso por bosques e flores
Olha pra si como a um Deus
Pula Narciso, esquece do mundo as dores.

Anda Narciso, pra junto dos teus...
Soberbos... Orgulhosos... Lixos...
Olham para os pobres e "Adeus..."

Tratam os fracos como bichos...
Olham teus umbigos e nada mais.
E ao teu ego que, ao cita-lo, incho.

Para Narciso, olha teu Eu no cais...
Vês, teu reflexo imundo??
Tua imagem não impressiona mais.

Pensas que sois o centro do mundo...
Teu orgulho será tua perdição.
E no poço da vaidade cairás mais fundo.

Esta corrompido teu coração.

*

Inveja

Anda na espreita, a observar
Queres mas não tens coragem
A coragem para batalhar e conquistar.

Ao caminhar, vem a mente imagens
De outros que lutaram e venceram
Vives num mundo de miragens

E esqueces que os tem o que mereceram.
Tu, criatura da noite só,
Nada mereces do que te deram.

Das cinzas as cinzas, do pó ao pó.
Caminharás pelo vale da morte,
Sem desatares o teu próprio nó.

E a todos que tu invejas a sorte,
Nada poderás fazer...
Rumarás sozinho ao norte...

E verás quem não teve medo, vencer.

*


Ira

E no Inferno, um dos sete se levanta
Grita, blasfema, agride e sai.
Ele deseja uma alma santa.

Quer sozinho tudo o que a todos atrai.
Súbito encontra sua presa.
E em seu coração um sorriso se extrai.

Ataca com admirável proeza.
E neste corpo o mal se faz.
Agora, busca uma doce princesa.

Para a tua fome sagaz.
Quer o seu sangue, sua alma, sua carne.
Mas esta moça, cheia de amor e paz

Do corpo inocente, o desencarne...
Foge a besta, frente ao querubim.
Um anjo vivo, feito de carne...

Deu ao demônio da Ira, seu triste fim.

*

Preguiça

E na escuridão da ignorância,
Dorme Belphegor, monstro do lamento
Do ócio inexpressivo, da negligência.

Não se levanta, em nenhum momento
Vive sozinho, a se lamentar
Seu ócio inexpressivo é seu lamento.

Não quer vencer, não quer lutar
Não ama, não sorri, não vive.
Tudo que deseja é se entregar.

Em um mundo vazio, sobrevive...
Sem fé, sem esperança, sem ação.
Pena desta alma?? Tive...

Só, entrega ao pecado seu coração.
Ao poço vazio da existência,
Lança-se sem esperar doce mão.

E lá, folgado, espera tua penitência.

*

Avareza


Ela deseja o que não pode ter
Em tua torre, guarda tudo que tem.
Mas quer mais, sem nunca se conter.

Coração negro, tudo deseja e nada vem.
Abençoas Mammon, da ganância, o amaldiçoado.
Tudo quer e a tudo fica sem.

E como todo pecador, não abençoado,
Renegas a Deus por teu bem material.
Não percebes que assim não será perdoado.

Não sabes o limite entre o bem e o mal.
Constrói palácio, muralhas e portão.
Impedes a entrada de todos em seu luxuoso hall.

E tua riqueza, maldita como seu coração
Ao mar de mortos de Hades os enviará...
Levarão tu e teu mestre, a eterna escuridão.

E para lá, nada que guardas aqui, levará...

*

Gula


Devorador de almas, desgraçado...
Tens fome de tudo e nada lhe satisfaz.
Tens um coração amaldiçoado.

Sempre desejas mais e mais...
Insaciável em sua fome de horror...
Jamais anseia pela paz.

Não precisa de amor...
Nada o dá felicidade...
Que não seja o sentimento de pavor.

Sente fome por maldade...
O medo lhe dá prazer...
Tua fonte é a crueldade.

Por tua Gula, Belzebu, vais perecer...
E na chamas do inferno, queiras.
Jamais verás o sol nascer...

Na escuridão das ignorâncias, jazerás.

*

Luxúria

A carne... sedenta de calor...
Fogo... queima... explode... arde...
Toca-se... com fome... ardor...

Não se prive... não se guarde...
Cede... se permite... se entrega...
E devora... come... cospe... morde...

O corpo... lívido... se esfrega...
A ansia... o desejo... o fogo...
E a mente... se perde... esvai... desintegra...

O calor... o querer... o rogo...
Geme... sussurra... grita...
O extase... sublime... mágico... longo...

Queimando... suplica... nao evita...
Peca... a Luxuria... o prazer...
Blasfema... implora... suplica...

Não quer ver... nem sentir... só quer...

Gabriel Martins

A Dor do Poeta

No Frio da escura noite...
Caminha o Poeta sem destino...
Entregue a vida e seu cruel açoite...

No peito o coração de menino...
Sofre pela perda e pela solidão...
Ao longe, houve-se um sino...

Anda o Poeta, rumo ao som em vão...
Entra... senta... chora... grita...
O eco, na abóbada, reverbera como um trovão...

Ao longe... as imagens ele fita...
São de dor... de sacrifício... de fé...
Algo em seu peito de agita...

Levanta... anda... a pé ante pé...
Ele cai... roga... clama... ora...
Espera curar a dor pela fé...

E ele reza... e chora...
A dor... torna-se delirante...
Onde está Deus agora?

Louco... o Poeta sai... vacilante...
Foge da capela... sobre a luz do luar...
Cego... chora lágrimas lascinantes...

E corre...sem ver... sem ouvir... sem amar...
A cada passo... a cada curva... a cada rua...
Seu tolo coração... do passado... o faz lembrar...

Dos beijos ao vigiar da Lua...
Do negro e do branco ao se entrelaçar...
Do perfume da pele nua...

E vem na lembrança os olhos de Ambar
O sabor dos beijos...
As chamas ardentes de vida na hora de Amar...

E queimam os olhos como num lampejo...
De lágrimas ao perceber...
Que de outro será todo esse desejo...

À beira da uma colina ele pára para ver...
No horizonte... a face de um Anjo... sua Vida...
E os seus pés... milhas de queda até se ver poder...

Ele olha o horizonte... quem chorar por sua partida?
Quem sentirá... de ti... sentirá saudades?
Haverá alguem que lamentará sua ida?

E salta... as lágrimas a cegarem sua visibilidade...
O vento a secar seu rosto marcado...
A vida perde a sua magestade...

É o fim... o Poeta... pela Vida... havia saltado...

Gabriel Martins

À Meus Amigos

E eis que deus, apos criar o ceu e a terra. O sol e a lua. A vida e o homem. Deu ao homem o que chamam de parceiro. Por parceiro, entendo 'aquele que esta ao nosso lado'. Eis que, depois de criar o tudo, a ultima coisa feita por deus, foi dar ao homem um amigo. Amigo... Palavra forte. Amigo para mim, é sinonimo de amor. Amor para mim, é deus. Deus para mim, é tudo. Entao, como diria meu professor, o grande mestre marcos capellari: 'se deus é amor. E amigo significa amor. Logo, voce é uma deusa!'. Pré-julgamentos podem ser feitos por isso, mas eu quero mais é que se foda. Todos meus amigos sao deuses para mim. Pois para mim, eles sao meu tudo. Logo, eles sao meus amores. Sinto orgulho de dizer que voce é minha amiga. E o amor que sinto por meus amigos é... Infinito, inigualavel, inimaginavel, supremo!!!
Meus amigos são meus pilares. Minha sustentação para continuar vivendo nesta terra horrenda onde vivemos. Eles são meus anjos. Guias que me orientam a luz divina, me afastando das sombras do mal. Meus amigos, são o yng do meu yang. São meus amores. Literalmente dizendo. Não tenho receios em dizer que amo meus amigos, de forma sublime e eterna. Para mim, eles são perfeitos. Cada um do seu jeito. Todos diferentes. Porem iguais aos olhos do Divino Criador.

Entre o Paraíso e o Tormento

Anjo meu...
Celeste... Divina...
Tua presença benigna Me acalanta A alma...
Teu sorriso sincero Me ilumina O ser...
Teu beijo suave Me leva Ao céu!
Lá sobre A luz Do luar...
Repouso tranquilo...
É Lá que Me levss Ao tocar-Me A pele...
E onde Me satisfaço Ao tomá-La Em meus braços.
Mas...
Quando Te afastas sem motivo...
Me culpas pelo ocorrido...
E sem mais...
Recusas meus tenros beijos...
Rejeitas meus abraços...
E afasta-Te sem mais nem por que...
Caiu Do céu para O inferno...
E perco-Me Em mágoas sem fim...
Questionando O porque De tudo estar assim...


Gabriel Martins

Lua Negra

*Lua negra brilha no céu *
* Negra como minha alma *
* Brumas cinzentas e frias *
* Cercam-na, e a encobrem *
* Como a tristeza que me domina *
* Escura e fria se torna a noite*
* Vazia e sozinha *
* Assim como eu *
* Eu... *
* Que me torturo com essa solidão *
* Solidão que me fere *
* Tanto alma *
* Quanto ao coração *
* E que me acompanha *
* É minha maldição *
* Amaldiçoado sou *
* E para sempre o serei *
* Com o coração encoberto por névoas*
* Cinzentas e tristes *
* Vazias e frias *
* Escurecidas como a Lua Negra *
* Sem brilho e sem amor *
* Sem alma... *
* Só rancor... *


*Gabriel Martins*


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Meu Fim


Alma vazia,
Coração gelado;
Não mais sorria,
E o amor, acabado...

Iludido vivia,
Por meu coração fui enganado;
E agora a vida ria,
Deste tolo fracassado...

Ri, vida desgraçada...
Ri, deste ser miserável,
Que só fez sonhar com a amada...

Que fim terrível levou...
Esta tola alma apaixonada,
Que só se decepcionou...

Gabriel Martins

Decepções


Todo rosto que via,
Recordava-me do seu.
Todo perfume que sentia,
Imaginava ser o teu.
As bocas que beijava,
Não se comparavam a sua.
Todo o amor que encontrava,
Não fizeram eu me esquecer de ti.
Mas... é?
Em algum momento houve reciprocidade?
Não..
Ao contrário...
Você me esqueceu, tão rápido quanto partiu..

Gabriel Martins

O Frio


Este frio está monstruoso
Congelante
Horrendo
Matante
Bom seria estar acompanhado
Cobertos um pelo outro
Trocando carícias suaves e carinhosas
Beijos mornos
Corpos ficando quente
Esquecendo o frio cortante
Abandonando a realidade
Mergulhando no prazer
Se aquecendo mutuamente
Se entregando sem sentido
Extasiados com os gozos da alma
Exausto depois do amor
Descansados com muita paixão
Se aquecendo novamente
Carinhosamente
Mas... que devaneio
Não há companhia
Não há companheira
Só o frio
Absoluto
Que só traz uma amiga
Tão horrenda quanto o frio
Só mesmo a solidão

Gabriel Martins


Sozinhos

Sozinhos...
Estamos sempre sozinhos,
Desde o nosso nascimento.
Alguns acreditam que isso pode mudar,
Encontrar alguém é deixar de ser sózinho...
Eu sou uma dessas pessoas!
Mas a pergunta é:
Quando ela virá?
E a mais importante:
Quem será?
Não sei!!!...
Infelizmente não sei...
Mas estarei esperando!
Alguém que me complete,
Alguém que me mude,
Alguém que me faça ver...
As maravilhas da vida,
E também,
Alguém que faça,
Eu não mais
Me sentir
Sozinho...

Gabriel Martins

Despedida


Mil vezes era meu desejo

Arder, nos confins do inferno,

Que viver sem seu beijo.

Vivo um triste inverno

Desde que em minha vida apareceu.

Já não sinto amor externo.

O fogo da vida, em mim, morreu.

Os prazeres carnais já vividos,

E de tudo mais, minha alma esqueceu.

Quem dera nunca tivesses aparecido,

E muito menos, comigo estado.

Quem sabe meu coração não estaria partido,

E não se sentiria estraçalhado,

Nem saberia o que é essa vontade

De ser, desesperadamente, amado.

Hoje, clamo por piedade

Pelos terríveis pensamentos

E desejos tidos, cobertos de maldade.

Deveria ser o amor um sentimento,

Que banhasse e iluminasse todos os corações,

E aniquilasse qualquer mal ou tormento.

Mas quando não mútua as emoções

Este dilacera qualquer coração bom

Restando apenas desilusões,

E vai levando a alma, ao som

De demoníacas trombetas, a morada

Daquele que o mal é o seu dom.

Ali, a alma desconsolada,

Como na Comédia de Dante

Alighieri, lê-se na entrada:

Vai-se por mim a cidade dolente,

vai-se por mim a sempiterna dor,

vai-se por mim entre perdida gente.

Moveu Justiça o meu alto feitor,

Fez-se a divina Potestade, mais

O supremo Saber e o primo amor.

Antes de mim não foi criado mais

Nada senão eterno, e eterno eu duro.

Deixai toda a esperança, ó vós que entrais.”

E assim, o coração – um dia puro –

Sente vontade de ali se enterrar,

Independente de ter, do mundo, todo o ouro

Por que o que deseja não pode comprar,

Pois o amor não se compra, se conquista,

E este, não soube conquistar.

Seguiu todas as pistas:

Em outro se transformou,

E todas as outras riscou da lista.

A um único amor se dedicou,

So pra ela viveu, a todo momento,

Mas nada disto adiantou.

Sua vida se tornou um tormento,

Sem seu amor, ela se tornou vazia,

E chora a alma, num eterno lamento.

Como pode um coração que ardia,

Uma paixão tão avassaladora

Querer antecipar o que um dia

Inevitavelmente aconteceria, a qualquer hora.

Como posso ignorar esta vontade

De me afogar em lagrimas devastadoras,

E expurgar do peito toda essa maldade,

- que me possuiu após a depressão –

que não deixou lugar para sentir a bondade.

O amor que senti, pareci obsessão.

Tão obsesso, por esse amor fiquei

Que não distinguia o correto do não.

Tão ciente estou de que pequei

Que desta vida decidi desertar,

Só assim serei punido, pelo mal que apliquei.

Dos círculos do Inferno já sei meu lugar:

No 7° Circulo, Giro Segundo,

Pelo suicídio, lá devo vagar,

Por ter sido fraco, tolo e mal, neste mundo.

Sofrerei – bem sei – bem menos que já he sofrido

Cá, onde so fiz, amar profundo.

E se acaso verterem lagrimas por ter-me ido,

So rogo que não vos seja lembrado

Como o tolo que amor, mil vezes, sem ser correspondido.

Mas sim, como o amigo, que ao lado

Dos amigos, sempre esteve presente.

E a estes amou e também foi amado.

E como irmão jamais foi ausente.

Sempre brincando e brigando,

Mas sempre amando este querido ente.

Como filho, esteve sempre tentando

Ajudar, de algum modo,os queridos

Pais, mas nem sempre acertando.

Sinto muito não ter conseguido

Ser tão forte quanto eu parecia,

Mas não suporto mais este coração ferido.

Sei que amores vão e vem todo dia,

Mas já estou tão farto de só errar,

Que não creio que outra vez conseguiria,

Se me decepcionasse de novo, me recuperar.

Nem mesmo fazer arder novamente a chama

Do amor e da esperança, que a desilusão fez apagar.

Agora, sinto que a alma clama

Ao coração um pouco de paz.

E meu coração, que minha alma muito ama,

Tudo que ela pede, ele faz.

(OBS: O poema acima usa como modelo a obra de Dante Alighieri “A Divina Comedia”. E não só o modelo se assemelha a Obra de Dante, como também traz referência deste livro).

Gabriel Martins