sábado, 9 de maio de 2009

O Sol e a Lua


Solitário o poeta observa a Lua...

Teu brilho e tua majestade...

Seu mistério...

Em sua límpida face perolada...

Vê o vulto do sorriso da amada...

E sonha...

Como o Sol e a Lua...

Amantes que se amam e não podem se ter...

Se vê como o Sol...

Iluminando... Dando esperança... Fé... Calor...

Mas inconsolável...

Pois seu Amor não pode ter...

Não pode tocá-la...

Nem de perto olha-la...

Tampouco toma-la em seus braços...

E com ela viver...

Dia após dia ele sozinho chora...

E ao cair da noite...

Antes do crepúsculo total...

Choram Sol e Lua ao se verem...

Lágrimas lavam suas almas...

E sozinha, agora a Lua chora...

Envolta em suas brumas frias...

Como penitência...

Brilha o mais forte que pode

Para ao Sol se fazer ver...

E aos amantes admiradores teus inspira...

As criaturas noturnas a ti veneram...

Mas em seu ser tudo que sentes é dor...

Por não poder viver o seu amor...

Quando desponta no horizonte a chegada da Aurora...

Em sua perolada face volta o sorriso a brilhar...

De longe vosso amado olhará...

E ele... à ela eternamente amará...

Gabriel Martins