Palavras... nada mais que palavras... Soltas sobre uma folha de papel... Palavras... De um sonhos... uma ilusões... Rabiscadas sob a luz tênue do luar... Palavras... de um coração triste... de uma alma sozinha... de uma mente obscura... Palavras... simplesmente Palavras...
"Bem aventura as criaturas da noite, pois é delas o reino da Escuridão" (Autor Desconhecido)
{{"Um coral de anjos cantou, uma linda canção de amor, canção que falava pra mim, que iria ter fim minha dor..." - Ouvindo uma das minhas músicas preferidas}}
Pode ser da sua infância, um momento com sua família, com um bom amigo, com um amor passado. Qualquer momento.
Não seria maravilhoso poder revivê-lo eternamente?
Ou melhor. Não seria simplesmente maravilhoso poder ter vários momentos como aquele?
Sonhos, fantasias, desejos.
Queríamos ir a lua quando éramos crianças. Desejamos conquistar o mundo quando jovens. Na adolescência, um amor, puro e verdadeiro, e que fosse eterno.
Por que abandonamos esses sonhos?
Crescemos e a vida parece que nos afasta de tudo que nos fazia feliz.
Trilhamos caminhos que não gostaríamos. Escolhas ruins. Más decisões. Um passo de cada vez a mais tempestuosa escuridão.
O mal do século é a depressão. Mas como escapar dela?
Como fugir do sentimento de vazio quanto tudo que o destino parece fazer é nos arrastar cada vez mais para essa fria e sombria caverna, onde abandonamos nossos corações, nossos sonhos e esperanças. E lá, solitários, inspirando o ar gélido da solidão, entregamos os pontos nos misturamos ao mundo.
Um mundo sem cor, preto e branco como uma fotografia antiga.
Um universo paralelo aquele em que nossos sorrisos eram tão vivos e repletos de energia, e custava tão pouco. Ah, como era fácil sorrir, brincar, ser feliz!
E neste novo mundo, onde pouquíssimas pessoas fazem o que realmente gostam e por isso, são felizes. E a maioria faz o que precisa por necessidade. Sem satisfação ou felicidade em seu vazio peito, como podemos ser felizes?
Num mundo o amor parece ser coisa do passado, e a moda é tão somente a luxúria.
Como podemos desejar a felicidade? Como desprender daquela imagem de um momento de felicidade? Como sonhar?
Percebemos que o conto de fadas acabou. E o mundo é muito diferente e muito mais feio do que sonhávamos que seria.
Hoje, chegar na lua faz parte do passado. Uma outra vida, uma outra pessoa. Ela está lá, parada todas as noites, viva e brilhante, e nem notamos mais nisso.
Conquistar o mundo parece conto infanto-juvenil, onde o cara mal é quem tem esse desejo. Esquecemos o que significava o “conquistar o mundo” para nós naqueles tempos.
O amor parece ser ilusório. E quando, em uma chance de um milhão, conquistamos um que valha a pena, rapidamente o perdemos, pela nossa tola e abstrata visão de mundo.
O mundo perdeu o valor que tinha.
Ao crescermos, aprisionamos aquela criança sonhadora que costumávamos ser, ignoramos seus apelos de retorno e a silenciamos, para nos adaptar a essa cruel realidade que ela não saberia viver. E nos tornamos mais um. Um número. Um indivíduo. Um alguém. Um ninguém.
Shakespeare dizia: “Nada consola, como o sol após a chuva, como o Amor”.
Concordo. Mas, como descobrir o amor, se a pessoa que mais deveríamos amar, esta aprisionada em uma caverna fria e escura, silenciada por nossa ignorância? Como reviver os mesmos sentimentos daquele momento único de felicidade, se quem realmente nos fez vive-lo e amá-lo, chora de tristeza em nossos corações, desejando sair, e nós, simplesmente, não o libertamos?
Sou... o poeta, o trabalhador...
Sou o filosofo, um sonhador...
Nada sei da vida...
Mas nas linhas que se seguirão,
Eis um pouco de mim, para um tudo de alguem.
Gabriel Martins... Prazer!!!