quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Momentos...

Um olhar...

Um sorriso...

Um gesto...

Uma palavra...

Uma risada...

Uma caricia...

Um toque...

Um beijo...

Um sabor...

Um momento...

Uma paixão...

Uma noite...

Uma entrega...

Uma viagem...

Um sonho...

Um futuro...

Um desejo...

Um amor...

Um momento...

Uma lágrima...

Um fim...

E o momento...

Só na memória por 367 dias...


Gabriel Martins

sábado, 19 de dezembro de 2009

Chuva


Cai a noite... e com ela, a gélida névoa arrastasse pela escuridão... e fortes gotas caem dos céus...

Os sons já se misturam, não consigo mais distinguir o som da tv do som da chuva...

Estou deitada, quase dormindo e começo a fazer um balanço do meu dia. Foi bom, foi ruim? Lembro que chorei, por um amor impossível, por alguém que com uma única palavra acelera e acalma meu coração, esmaga e faz chorar com outra...

O amor não devia doer tanto!

Estou com sono...

Sem perceber, verto lágrimas novamente por aquele amor... meu coração, compulsivamente chora por esse amor... por essa dor...

Lembro... que com um simples olhar seu, sorria, corava, brilhava... e sentia em meu ser a vida que só o amor pode nos dar...

E agora... o nada... a não ser o som da chuva...

E com lágrimas nos olhos... adormeço...

Acordo...

E a única coisa que restou das lágrimas foi o sal em meu rosto, ainda chove, chove muito, o amor ainda dói, não quero isso me machucando.

O som da chuva agora se mistura aos sons do dia que já está amanhecendo, os pássaros se escondem para não molhar as asas, o som da tv ainda se mistura, aumento o volume... porque não quero ouvir minha dor...

E dentro de mim habita o caos... ignoro meu ser, simplesmente para não sentir o que mais temo: a dor da solidão, o silêncio do vazio, o frio da escuridão...

E amanheceu;

Com chuva, mas amanheceu.

E é um novo dia, mais um dia chegando.

A chuva me prende, limita meus movimentos, não consigo sair de casa.

Me fascina, cada gotinha, e fico na janela, observando a água cair da calha, as poças formando no chão, as plantas verde vivo brilhantes. Cada gotinha que cai, observo como se caíssem em câmera lenta...

Mas olhar para chuva, olhar para fora é só uma maneira de fugir, de levar minha mente para longe, para não lembrar que em meu coração cai uma tempestade.

Trovões rugem em meu peito...

Relâmpagos iluminam como flashes a prisão da minha alma...

Mas... Como tudo tem seu fim...

Essa tempestade há de acabar...

E eu hei de ver o dia, em que no horizonte dos olhos do meu coração...

Um raio de sol há de surgir...

E sobre as gotículas que restarão nos céus...

Um arco íris há de por ele cruzar...

E um novo amanhecer há de vir...

E nas palavras do eterno poeta:

“Nada consola, como o Sol após a Chuva, como o Amor!”

Hei de viver o meu...

Liziara e Gabriel

{{Lindas palavras de um lindo Anjo... Lizi, muito obrigado por permitir fazer parte deste lindo texto... Te amo, minha querida!!}}