quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Abismo


Minh’alma triste e perturbada

Busca solitária respostas para sua dor

Cansada de ser abandonada


Teme nunca mais encontrar o Amor...

Verte lágrimas de sangue escarlate...

Clama pelo fim do torturante pavor...


As portas do inferno bate

E lá abandona o trucidado coração

Antes que a dor do amor a mate


Procura exílio na frio da solidão

Segue sozinha rumo ao nada...

E ao coração roga o seu perdão...


No vale das almas perdidas e largadas...

Caminha sem medo ao abismo da morte

E ao precipício sente-se ser empurrada...


Salta... entregue a própria sorte...

Num fundo buraco sem cor nem fim...

Sente na face a dor de um fundo corte


E reza pra que a dor termine assim

Que chegar ao fundo do poço profundo...

Mas antes que chegue ao seu fim...


Vê em seu ser imagens de um outro mundo

Onde um dia foi feliz e até amou...

Antes que a tristeza e a dor o deixasse imundo...


Vê tudo de bom que um dia em si se passou...

De repente, uma luz cega-lhe a visão

E sente-se ser erguida até onde saltou...


A luz guia-a a uma nova direção...

Que ofuscada somente pode acompanhar...

E de repente vê a sua frente o coração...


Que outrora no inferno quis largar.

...


{Há coisas na vida que não podemos mudar... Do que passou, guardam-se na memória os bons momentos... Do que vives no momento, sinta cada segundo, pois logo serão passados... Do que virá... nada espere... viva!}


Falar é fácil...


Gabriel Martins