segunda-feira, 30 de março de 2009

A Saudades do Poeta...


Pelo vidro embaçado...

O poeta observa a vida la fora...

O mundo não havia mudado...


E passam-se as horas...

Vagando em seus pensamentos...

Perde-se numa imaginária aurora...


Relembra os doces momentos...

Os profundos olhos castanhos a lhe fitar...

O caminhar em puro contentamento...


Frente a frente... sorrisos a trocar...

Olhos nos olhos... nenhuma palavra falar

Bocas unidas... desejo de se amar...


No beijo... um coral de anjos vem abençoar...

Dos céus... luzes afastam a escuridão...

No coração... o desejo de cantar...


Abrem-se os olhos... neles se reflete a paixão...

Mãos dadas... caminham sem rumo algum...

Todos os sonhos... não foram ilusão...


Corpos colados... anseio de se tornar um...

Brilho no olhar... sorrisos sem se conter...

Felicidade que não se encontra em lugar nenhum...


Lábios... Sequiosos de um ao outro ter...

Línguas travam uma luta deliciosa...

Dentes com desejo de a boca morder...


Mãos... passeiam por curvas sinuosas...

Trêmulos dedos a face lhe tocam...

Peitos cobertos palpitam de uma forma maravilhosa...


Os olhos enxergam onde outros não vão...

Vêem o que outros não podem ver...

Visualizam o que há dentro do coração...


E este... a tempos vazio... abre-se para receber...

Aquilo que a tempos acreditava não existir...

Mas mesmo com medo de sofrer...


Não permite que a chance de amar partir...

E beijam-se... um delicioso beijo com sabor...

Um sabor que depois de horas não quer ir...


Um beijo com sabor de amor...

E dura uma eternidade...

E não permite que se aproxime nenhum pavor...


{Pois o amor quando é de verdade...

Tudo vence... a distancia... o tempo... principalmente... a saudade}


Gabriel Martins