segunda-feira, 20 de abril de 2009

Por Amar Demais

Por amar demais sofri...

Não mais sorri...

Não mais vivi...

Por amar demais chorei...

Me magoei...

Me fechei...

Por amar demais jurei não mais amar...

Não mais me apaixonar...

Não mais de entregar...

Por amar demais abandonei meu coração...

Por ele fiz uma oração...

Por ele faço essa canção...

Por amar demais aprisionei minha alma...

Perdi minha calma...

Perdi minha alma...

Por amar demais conheci a dor do amor...

E todo o seu horror...

E toda sua dor...

Por amar demais fiquei desprotegido...

Devia ter agido...

Devia não ter permitido...

Por amar demais não sei não amar...

Não sei não me apaixonar...

Não sei não me entregar...

Por amar demais... sofrerei novamente...

Consequentemente...

Infelizmente...

Gabriel Martins

Rotina no Ar

Acordar

E ter que levantar...

Um banho tomar...

Os dentes escovar...

A roupa passar...

A roupa usar...

O material pegar...

À porta andar...

E depois trancar...

Nas ruas caminhar...

Ao trabalho rumar...

E trabalhar...

Meio dia parar...

Para almoçar...

E pensar...

De volta a trabalhar...

Quando as cinco horas chegar...

Pra casa voltar...

Outro banho tomar...

Para ir estudar...

A noite vai passar...

Os professores vão lecionar...

E eu a anotar...

Sem atenção prestar...

E quando o sinal tocar...

Pra casa retornar...

E no caminho a pensar...

E a cada passo dar...

Uma lembrança a lembrar...

Uma historia a contar...

Um passado a chorar...

Os olhos a lacrimejar...

E um coração a orar...

Sozinho a caminhar...

As estrelas a observar...

A lua a contemplar...

E o Céu a abençoar...

Quando em casa chegar...

O material no sofá largar...

Preparar algo pra jantar...

E depois o computador a conectar...

Os dedos se põem a digitar...

Outro poema a resenhar...

Um cigarro a fumar...

E um café a tomar...

Acordar a sonhar...

A cada palavra quer amar..

Quer de novo se apaixonar...

E o coração parará de chorar...

As lagrimas irão cessar...

E a vida voltará a brilhar...

Mas quando o poema terminar...

A rotina irá voltar...

O computador desligar...

Pra cama rumar...

O travesseiro ajeitar...

A cabeça nele repousar...

Uma prece aos queridos rogar...

Os olhos irão cerrar...

E o mundo dos sonhos ira visitar...

Lá poderá amar...

E não irá se magoar...

O pranto não irá derramar...

E, em fim, feliz irá estar...

Mas quando o relógio tocar...

Novamente irá acordar...

E a rotina novamente irá começar...

Gabriel Martins