sexta-feira, 6 de março de 2009

Anís

Um cálice...

Licor...

O Anis desce suave...

Doce...

No cinzeiro...

Cigarros apagados...

E um aceso...

A nevoa cinzenta sobe...

Um papel em brando...

Deitado sobre a mesa...

Em branco...

E sobre este...

Um lápis...

Repousa...

Aguardando a mão do Poeta...

No céu...

As estrelas iluminam a noite...

E a lua...

Irradia mistério e romantismo...

O Poeta a observa...

Admirado... em extase...

Outro gole do licor...

E o doce desliza pela goela...

Uma leve brisa sopra...

Um trago...

E os filetes de fumaça dançam...

Circulares e envolventes...

A mão toma o lápis...

Que desliza pela folha em branco...

Uma palavra... Duas... três... quatro...

o 1° verso... o segundo... o terceiro...

A fragil claridade da lua...

Invade o recinto cercado de livros...

O Poeta... sozinho tranças suas rimas...

Brinca com as palavras...

Ultimo trago... mais um gole...

Cinza fumaça...

Mais um gole...

Acaba o Anis...

Pousa o lápis...

Dobra a folha...

Olha novamente a lua...

E da as costa...

Fim do poema...


Gabriel Martins


{{A rotina do aprendiz de poeta!!!}}