quarta-feira, 3 de junho de 2009

Memória de Minhas Putas Tristes - Parte2

“Havia achado, sempre, que morrer de amor não era outra coisa alem de uma licença poética. Naquela tarde, de regresso para casa outra vez, sem o gato e sem ela, comprovei que não apenas era possível, mas que eu mesmo, velho e sem ninguém, estava morrendo de amor. E também percebi que era valida a verdade contraria: não trocaria por nada neste mundo as delicias do meu desassossego. Havia perdido mais de quinze anos tratando de traduzir os cantos de Leopardi, e so naquela tarde os senti a fundo: Ai de mim, se for amor, como atormenta”. (Pág. 94)


Trecho do livro de Gabriel Garcia Márques "Memórias de Minhas Putas Tristes".


[Mais a frente desta obra, deparei-me com o seguinte parágrafo...E a epifania me veio em forma de canção...

Admirado com tais palavras... nada mais pude crer se não em tudo que já acreditava...

O Amor... por si só... é o ápice dos sentimentos...

Acima da felicidade... acima da tristeza...

Acima do bem o do mal...

Acima da morte...

Faz-nos sofrer... e chorar...

Dá-nos o desejo de morrer...

Ou de matar...

Mas...

Ainda que levemos a vida inteira para viver o amor...

Ao menos uma vez... e que o restante da vida seja lamentações...

Mas a satisfação de tê-lo presenciado o acompanhará para a eternidade...

E o desamor... que é o sentimento daqueles que não conhecem a verdadeira face do Amor... é a ilusão dos sentidos terrenos... dos prazeres viciados da carne... a impureza da alma... a licença para a morte... e a permanência nos tormentos do inferno...

Pois pelo amor... de uma historia... de várias histórias... de uma ou de muitas vidas...

Por ele... vive-se no inferno... mas com a satisfação de ao menos uma vez... ter amado!! - Gabriel Martins]

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