Preso por cordas invisíveis
Manipulado por mãos divinas
Move-se o tolo brinquedo dos deuses
Sem vida e sem esperança
Tolo... ri e diverte os presentes...
Brinca e faz graça de tudo
Mas em seu peito arde de desespero
Um coração triste e vazio
Enquanto brinca e faz os outros rirem
Grite de desespero o negro coração
Chora e lamenta a vida vazia
Lagrimas de sangue rolam ao chão
Sob a mascara de um bom ser
Esconde-se um sentimento de culpa e dor
Guarda no peito a triste lembrança
De um mundo repleto de cor
Enquanto sua face esboça um sorriso
Sua alma chora desolada
E se em seus olhos se olhar
Neles se encontrará a verdade
O tolo boneco não é capaz de amar
E nem pode buscar a felicidade
Pois sempre que algo de bom se faz alcançar
Sua alegria dura muito pouco
Logo a realidade vem lhe assomar
Chora e grita até ficar rouco
As mãos que manipulam seus fios
Fazem-no a todo momento dançar e pular
Aqueles que vêem se alegram e sorriem
Mas o fantoche se desgasta aos poucos
E quando as cortinas se fecham ao final
O boneco é jogado ao canto
Deixado de lado sozinho e abandonado
Seu coração verte lágrimas sem fim
E não importa o que o tolo boneco sonhe
Sua triste vida... aparentemente... será sempre assim...
Gabriel Martins
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