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Solitário o poeta observa a Lua...
Teu brilho e tua majestade...
Seu mistério...
Em sua límpida face perolada...
Vê o vulto do sorriso da amada...
E sonha...
Como o Sol e a Lua...
Amantes que se amam e não podem se ter...
Se vê como o Sol...
Iluminando... Dando esperança... Fé... Calor...
Mas inconsolável...
Pois seu Amor não pode ter...
Não pode tocá-la...
Nem de perto olha-la...
Tampouco toma-la em seus braços...
E com ela viver...
Dia após dia ele sozinho chora...
E ao cair da noite...
Antes do crepúsculo total...
Choram Sol e Lua ao se verem...
Lágrimas lavam suas almas...
E sozinha, agora a Lua chora...
Envolta em suas brumas frias...
Como penitência...
Brilha o mais forte que pode
Para ao Sol se fazer ver...
E aos amantes admiradores teus inspira...
As criaturas noturnas a ti veneram...
Mas em seu ser tudo que sentes é dor...
Por não poder viver o seu amor...
Quando desponta no horizonte a chegada da Aurora...
Em sua perolada face volta o sorriso a brilhar...
De longe vosso amado olhará...
E ele... à ela eternamente amará...
Gabriel Martins
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